quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Projeto e-lixo Maps mostra postos de coleta mais próximos

Em São Paulo, o projeto E-lixo Maps utiliza a plataforma do Google Maps para ajudar o internauta a encontrar os postos de coleta de eletrônicos mais próximos da sua casa ou trabalho.
Você já sabe que baterias, celulares, carregadores, computadores, televisores e pilhas velhas não devem ser jogados no lixo comum - esse material tem metais que podem contaminar o solo e a água. Mas o que fazer com todo esse lixo eletrônico, apelidado de e-lixo? Em São Paulo, a Secretaria do Meio Ambiente, em parceria com o Instituto Sergio Motta, criou o projeto "e-lixo maps": um site que usa a plataforma do Google Maps para o usuário encontrar lugares que coletam aparelhos obsoletos ou fora de uso e que dão um destino mais ecológico a eles. Dá para checar os postos mais próximos da sua casa ou trabalho, facilitando um bocado a vida. Agora não tem mais desculpa na hora de descartar seu lixo eletrônico.
 
Fonte: mundoesolucoes.com

Líder dos céticos do aquecimento global muda de ideia

O mais famoso cético do aquecimento global, o dinamarquês Bjorn Lomborg, já chamado pelos seus oponentes de “Hitler do clima”, mudou de ideia. Ele disse na terça-feira (31) ao jornal britânico “Guardian” que vai agora lutar contra a mudança climática.
O estatístico, conhecido mundialmente por negar a importância do aquecimento global e o barulho feito por cientistas, ativistas e a imprensa em torno dele, vai lançar um livro no próximo mês pedindo dinheiro em nome da sua nova bandeira.
Na obra, ele e um grupo de economistas analisaram oito métodos de redução do aquecimento global e sugerem que seja injetado dinheiro, por exemplo, em energias limpas como vento, ondas e energia solar e nuclear.
O ex-cético não é exatamente modesto na hora de pedir dinheiro: de acordo com ele, serão necessários cerca de US$ 100 bilhões por ano para que as iniciativas tragam resultados.
Vira-casaca – A mudança de lado do professor dinamarquês nos recentes debates sobre o clima foi uma surpresa para a comunidade científica.
Na obra que lhe deu projeção internacional (“O Ambientalista Cético”), e nas palestras e entrevistas que vieram depois dela, Lomborg abusou da matemática para mostrar que o controle do aquecimento global seria uma conta que não fechava.
Na sua opinião, o custo para combater o aquecimento era alto demais quando comparado com o benefício de ter um mundo “ligeiramente menos quente no futuro”.
Lomborg costumava defender que o ritmo do aquecimento e seus efeitos sobre as pessoas estavam sendo exagerados pelos cientistas “pró-clima” e pelo lobby dos que se beneficiariam com investimentos pesados em ações como limpar a matriz enérgica, por exemplo.
Lomborg, no entanto, nega no “Guardian” que tenha feito uma reviravolta. Ele disse que sempre aceitou a existência do efeito humano no aquecimento global e que o importante, agora, é ver onde se deve gastar dinheiro para combatê-lo.
Na série IPCC – O “episódio Lomborg” aconteceu um dia depois de um grupo de 12 cientistas independentes ter feito uma série de recomendações ao IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, na sigla em inglês).
De acordo com os cientistas -que incluem um brasileiro, o físico Carlos Henrique de Brito Cruz-, o painel do clima precisa passar por mudanças na sua gestão e na coleta de informações.
Um dos pontos nevrálgicos do IPCC que levaram à revisão independente foi a afirmação de que as geleiras do Himalaia desapareceriam em 2035, muito antes do que outras fontes sugerem.
Lomborg bateu nessa tecla anteriormente, quando ainda era cético do clima. Ele afirmou que a matemática do degelo estava errada e que, mesmo que o degelo ocorresse, isso poderia ser benéfico, pois aumentaria a quantidade de água disponível no verão para a China e Índia.
O dinamarquês pretende continuar criticando as contas do Himalaia. Mas, agora, sem desprezar as recomendações do IPCC.

Fonte: Folha.com

Desmatamento na Amazônia pode ter queda histórica

Pela primeira vez na história deste país, o desmatamento na Amazônia deve ter queda em um ano eleitoral, no qual as medidas de fiscalização tradicionalmente são mais frouxas.
Os dois sistemas de monitoramento rápido da floresta por satélite, um do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e outro da ONG de pesquisas Imazon, mostraram reduções na taxa de devastação em 2010 em comparação com 2009 – de 48% e 16%, respectivamente.
Embora pouco precisos (por detectarem apenas desmatamentos de médio porte), ambos apontam para uma taxa oficial, neste ano, menor que os 7.464 km2 do ano passado -a menor registrada desde que o início das medições do Inpe, em 1988.
“Acho que vai ser menos de 7.000 km2″, diz Adalberto Veríssimo, do Imazon, sobre os números finais, a serem divulgados em novembro pelo sistema Prodes, do Inpe.
O Imazon vinha apostando que o desmatamento em 2010 seria maior que o de 2009, que é um ano eleitoral e mais seco que a média.
Mas o mês de julho surpreendeu, com uma queda forte no desmate que puxou para baixo a série anual.
“Menor do menor” – “Foi o menor do menor”, disse na terça-feira (31) a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente), em relação ao número anual do sistema Deter, do Inpe.
Entre agosto de 2009 e julho deste ano, o Deter enxergou 2.294 km2 desmatados na Amazônia, contra 4.372,8 km2 no mesmo período anterior. “Isso nos deixa muito otimistas para o anúncio do Prodes no fim do ano”, diz.
O pesquisador Dalton Valeriano, coordenador do Prodes, é mais sóbrio.
Ele lembra que o padrão dos desmatamentos na Amazônia mudou: hoje pelo menos 75% das derrubadas correspondem a áreas com menos que 50 hectares.
Como o limite de detecção do Deter é 25 hectares, é provável que a maior parte do desmatamento seja invisível.
“Tenho esperança de que reduza [em relação a 2009], mas prefiro ficar no lado da precaução”, diz Valeriano.
O desmate neste ano se concentrou nas áreas em torno das rodovias BR-163 e da Transamazônica, no Pará, em Rondônia e no sudeste do Amazonas. O Estado contrariou a tendência da maioria da região e fechou 2010 com devastação em alta, segundo os dados do Deter.
Também pela primeira vez, o Imazon admitiu que as ações do governo na região têm sido determinantes no controle da devastação.
Especialmente importante foi o decreto presidencial, seguido da resolução do Conselho Monetário Nacional de 2008, que corta crédito para desmatadores. A manutenção do decreto, após reação dos produtores rurais, custou a Marina Silva o cargo de ministra do Meio Ambiente.
As medidas foram mantidas e ampliadas pelo substituto de Marina no ministério, Carlos Minc. O governo baixou uma “lista suja” de 36 municípios críticos, depois ampliada para um total de 43. Segundo o Imazon, 23 desses municípios tiveram queda expressiva do desmatamento neste ano.
“Éramos uma voz dissonante, mas, falando com as pessoas que desmatam, vimos que as medidas tiveram efeito”, diz Veríssimo.

Fonte: Claudio Angelo/ Folha.com

Com quase metade da área original devastada, Cerrado precisa de unidades de conservação, diz IBGE

O Cerrado, que ocupa lugar de destaque na produção de grãos no país, perde cada vez mais em biodiversidade com o avanço do desmatamento, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira (1º). Segundo o documento, 85 mil quilômetros quadrados (km²) de cobertura nativa do Cerrado (cerca de 4,1% do atual 1.052 milhão de km²), foram destruídos entre 2002 e 2008, de acordo com informações do Ministério do Meio Ambiente.
Com 48,3% de toda a área original de Cerrado já derrubada, pesquisa Indicadores de Desenvolvimentos Sustentável (IDS) 2010 chama atenção para o ritmo do desmatamento do bioma e sugere medidas urgentes, como a criação de unidades de conservação em áreas de fronteira agrícola.
“Especial atenção e medidas de proteção e controle se fazem necessárias”, informa o texto, ao destacar a necessidade de salvar “aquela que é considerada a savana mais biodiversa do mundo”, e que registra taxas de desflorestamento mais altas que as da Amazônia – onde a área desmatada é de 14,6% e o desflorestamento caiu cerca de 40% entre 2002 e 2008.
O Cerrado se destaca não só pela diversidade de espécies de flora e fauna, mas sobretudo pela produção agrícola. A Região Centro-Oeste, onde está localizada a maior parte do bioma, deve produzir 51 milhões de toneladas de grãos na safra 2009/2010, segundo estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Com 28 milhões de toneladas de grãos colhidos na safra 2008/2009, a maior produção do Centro-Oeste, o Mato Grosso foi o estado com maior área de Cerrado desmatada entre 2002 e 2008: 17,5 mil km², seguido do Tocantins (12,1 mil km²).
Segundo a pesquisa, a expansão para estados do Norte e Nordeste no período, acompanha a extensão de atividades agropastoris, que eram mais comuns no Cerrado vindo do Sul e Sudeste.

Fonte: Isabela Vieira/ Agência Brasil

Queimadas causam mais de 75% da emissão de gás carbônico no Brasil

As queimadas são responsáveis por mais de 75% da emissão de gás carbônico no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado faz parte da publicação Indicadores de Desenvolvimento Sustentável 2010, divulgada nesta quarta-feira (1º). Ainda segundo o instituto, o Brasil está entre os dez maiores emissores de gases de efeito estufa para a atmosfera.
Segundo o IBGE, especialistas consideram a elevação dos teores de gás carbônico na atmosfera como a grande responsável pela intensificação do efeito estufa.
De 1990 a 1994, o total líquido da emissão de gases do efeito estufa no Brasil aumentou em 8,8%. Já de 2000 a 2005, o incremento foi de 7,3%, mostrando uma desaceleração. Apesar da melhora, a situação ainda é preocupante.
Historicamente, a emissão de gases se deve à queima de combustíveis fósseis para geração de energia. Mas, nos últimos anos, uma prática comum no Brasil tem deixado ambientalistas em alerta: a destruição da vegetação natural, com destaque para o desmatamento na Amazônia e as queimadas no cerrado.
O fogo, de acordo com a publicação, é usado tradicionalmente no país para a renovação de pastagens e preparo de novas áreas para atividades agropecuárias, e essas queimadas são autorizadas por órgãos ambientais, desde que haja controle e manejo do fogo.
Os incêndios florestais, no entanto, correspondem a situações de fogo descontrolado que consomem grandes áreas com vegetação nativa, pastagens e cultivos. Têm origem em queimadas descontroladas e no uso não autorizado do fogo. As queimadas e os incêndios florestais são detectados por satélites, como focos de calor sobre a superfície terrestre. As atividades relacionadas a mudanças no uso das terras e florestas contribuíram com 57,9% do total das emissões líquidas, segundo o IBGE.
Ainda de acordo com o IBGE, os focos de queimadas e incêndios florestais caíram 63% (de 188.656 para 69.702) entre 2007 e 2009. Entre os estados, o Acre teve a maior redução, com queda de 93% (passando de 702 para 49), seguido por Roraima (com queda de 85,4%) e Rondônia (com queda de 84,2%). Os estados onde mais aumentaram os focos de calor no mesmo período foram Sergipe (121,3%, de 94 para 208), Paraíba (56,6%) e Alagoas (41%).
Tanto as queimadas quanto os incêndios florestais destroem, anualmente, grandes áreas de vegetação nativa no Brasil, sendo uma das principais ameaças aos ecossistemas do país. Ocorrem majoritariamente, segundo o IBGE, durante a estação seca, entre maio e setembro no Centro-Sul, e entre janeiro e março no extremo norte.
Regiões de cerrado, que abrangem os estados de Rondônia, Tocantins, Maranhão, Piauí, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Paraná e Distrito Federal, têm os incêndios naturais como parte de sua dinâmica. Porém, o uso indiscriminado do fogo, como o que temos visto nesses meses, constituem as principais causas do desmatamento nesse tipo de vegetação.
Segundo o IBGE, o cerrado já teve 48,37% de sua área original desmatada. Em números absolutos, o cerrado teve sua cobertura reduzida de 2.038.953 km² para 1.052.708 km², com área desmatada de cerca de 901 mil km² (44,20%) até 2002, e de mais de 986 mil km² até 2008. As Unidades da Federação que possuem maior área de cerrado original são Mato Grosso (17,60%), Minas Gerais (16,37%) e Goiás (16,16%).

Fonte: G1

Agosto de 2010 tem sete vezes mais incêndios que mesmo período de 2009

A ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) anunciou na terça-feira (31) a liberação de mais R$ 20 milhões para o combate ao fogo das queimadas em todo o país, além dos R$ 29 milhões já gastos neste ano.
A ministra chamou o mês de agosto de 2009 de “fora da curva” em relação ao número de queimadas.
Uma consulta à página do Inpe na internet mostra que agosto de 2010 registrou 263 mil focos de calor no Brasil inteiro, contra 38,6 mil em agosto do ano passado, um aumento de quase sete vezes nesse período.
Embora nem todos os focos de incêndio sejam queimadas, eles dão uma indicação da explosão do número de incêndios no mês de agosto.
Sem fiscalização - Pesquisadores ouvidos pela Folha afirmam que parte da culpa pelas queimadas é de atividade agropecuária sem fiscalização. “Cada vez mais há pessoas se expandindo onde não havia [áreas de exploração agrícola]“, disse Alberto Setzer, que coordena o monitoramento de queimadas no Inpe.
Segundo dados divulgados na terça-feira pelo Ibama, 67% dos focos de calor estão em áreas privadas.
O diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Luciano Evaristo, atribui o número alto de queimadas à estiagem anormal deste inverno, que se seguiu a um período com muita chuva no ano passado.
“Eles estão queimando agora o que não conseguiram queimar em 2009″, afirmou. “Com a baixa umidade do ar, você não controla queimadas controladas.”

Fonte: Claudio Angelo/ Folha.com



Traficante com mais de cem pássaros recebe multa no ES

Um aposentado de 71 anos foi multado na terça-feira (31) em R$ 83 mil pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) por tráfico de animais silvestres no sul do Espírito Santo.
Na noite de sábado (28), ele estava em um ônibus na rodoviária de Alegre, que seguia para o Rio de Janeiro. Após denúncia, a Polícia Ambiental de Guaçuí encontrou 104 pássaros, como canários e coleiros, que estavam apertados em gaiolas de fabricação caseira, escondidas no fundo de uma bolsa.
Segundo a Polícia Ambiental, 80% das aves poderiam morrer até chegar ao destino. Cinco morreram e as demais foram entregues ao Ibama. O órgão foi à casa do aposentado na tarde de ontem, em Muniz Freire, para aplicar a multa, e diz ter encontrado mais 13 pássaros – seis ameaçados de extinção: cinco catataus e um azulão.
O flagrante indica que o homem se preparava para novo comércio de aves, segundo o superintendente do Ibama em Cachoeiro do Itapemirim, Guanadir da Silva Sobrinho.
O aposentado foi encaminhado à delegacia para prestar depoimento e depois liberado, por ser crime de baixa periculosidade. Ele vai responder processo criminal do Ministério Público, de acordo com o Ibama.
Outro caso – Dois papagaios chauá, também ameaçados de extinção, foram encontrados ontem numa casa em Alegre (a 206 km de Vitória) após denúncia. O Ibama baseia-se na informação de que havia “rotatividade grande de pássaros” na casa. A moradora foi multada em R$ 10 mil.
A Polícia Ambiental diz que crimes como esses são comuns na região. Todas as aves apreendidas devem chegar entre esta quarta-feira e quinta (2) ao Centro de Estudos e Reintegração de Animais Selvagens, de Aracruz. Após receberem cuidados, serão soltos na natureza.

Fonte: Felipe Luchete/ Folha.com